O fator borogodó

“Alô, freguesia!”


A feira pulsa

Feirantes chamam seus clientes, vozes sobem e descem como em uma música. Um turbilhão de cores transborda das cestas de mangas, papaias e goiabas. O ar é denso de especiarias, milho assado e das gargalhadas entre os vendedores. Mãos gesticulam sem parar, e os acordos se selam com um sorriso, não com uma assinatura formalíssima.

Cada sentido dos corpos ali presentes está desperto: o ritmo dos passos, o cheiro do coentro fresco, o brilho da casca de maracujá sob o sol.

Isto não é só uma feira. É uma lição: o real valor vive no que não se mede.


Onde mora a magia

Na América Latina, chamamos isso de borogodó: aquele tipo de encanto que não se explica, mas que ninguém esquece.

Na Argentina, é ser chamado de ángel ou duende: um carisma quase mágico, que não se explica, só se sente. No México, é pura sabrosura ou aquela chispa que acende qualquer boa conversa. Na Colômbia, chamam de tumbao: ritmo no corpo, leveza na fala, charme no jeito de estar. Em Cuba, Porto Rico e República Dominicana, é ter swing ou sazón: a confiança e o tempero que dão sabor a qualquer encontro. Na Venezuela, é a picardía: malícia boa, olhar esperto, humor que aproxima. No Chile, simplesmente encanto: porque basta essa palavra pra gente entender tudo.

Todos falam da mesma força invisível: o carisma que quebra o gelo, o ritmo que se adapta quando o plano cai, o calor humano que faz você se sentir parte.
Você não o encontrará em um relatório trimestral. Mas vai sentir quando portas se abrirem, quando a confiança for mais rápida que os contratos, quando presença se transformar em resultado.

Porque a verdade é esta: essa faísca mágica tropical, seja lá em que idioma for, não é enfeite. É estratégia misturada com charme e humanidade. O ativo invisível que faz negócios brotarem e durarem. Aquele “algo mais”, sabe?


Uma história para levar na bagagem

Um viajante andou sem fim por ai, perseguindo mapas e marcos. Até que se sentou sob uma árvore. Na pausa, lembrou o caminho que era seu.

Às vezes, nos perdemos correndo atrás de validação, prazos ou aplausos. Mas quando a pressa cessa, nossa alma criativa nos alcança, e lembra quem somos.

Sua vez

Antes da próxima decisão, pause. Pergunte a si: o que eu sinto? o que eu realmente quero? Você pode descobrir que sua bússola interna é mais sábia que o KPI mais estrondoso de uma planilha de Excel.

Dê seu palpite nessa feira

Antes de ir, deixe um bilhete na banca mais próxima. Conte o que te inspirou, o que te desafiou ou o que anda te cutucando no trabalho ou na vida que, afinal, se unem em uma linha só.

Vai saber: talvez o próximo sorriso, a próxima fruta, o próximo momento de leveza dos trópicos traga justamente a resposta que você procura.

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